quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Noites lentas

A noite está comprida
Embaçando o vidro da janela
Silenciosa, entre as ruas de areia,
Com preguiça de deixar o dia chegar

A noite aconteceu lentamente
Passou pouco a pouco
Pelos ponteiros do relógio
E as estrelas no céu

A noite, generosa, me abriga
Brinca comigo e me tapeia
Me diz coisas baixinho,
Com um carinho esquisito

A noite não me nina, mas me mima
E me deixa brincar
Do jeito que eu quiser

A noite me acolhe
Me estende seus braços
De amante proibido
E eu me jogo nesse abraço
E durmo neles até amanhecer

Nenhum comentário:

Postar um comentário