Vazia
Lenta
Estúpida
Caótica
Triste
Nada disso
Quero mais
Quero mais é crer
Que não adianta crer
Vou deixar de remar e ir
Vou permitir
E quando for
Seja como for
Seja o que for
Não importa o vazio
Nem a lerdeza
Nem a estupidez
Nem o caos e a tristeza
Não importa
Nada disso
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Meu e seu
1.140 Km da costa
um lugar distante
perdido no meio do oceano
num azul atlântico inimaginável
num planeta inesperado
que acontece de ser o meu
remoto, misterioso, assustador,
inesperado, especial, sedutor
eu vou, não importa como, nem quando
eu vou, nem que seja nadando,
eu vou, com as melhores companhias do mundo
eu vou, porque preciso desse azul profundo
eu vou, porque ninguém vai por mim
eu vou, porque a vida é assim
e continua sendo
um improvável mundo romântico
como os mares e as marés,
inconstantes como os ventos do Atlântico
e quando tiver ido, não sei
o que sei, será como Caieiro – nada sei
o que amo, será como Camões
que ama sem ver, que ama ser ninguém
e no fundo é todo mundo
no mar de azul profundo
que é só meu
e seu
um lugar distante
perdido no meio do oceano
num azul atlântico inimaginável
num planeta inesperado
que acontece de ser o meu
remoto, misterioso, assustador,
inesperado, especial, sedutor
eu vou, não importa como, nem quando
eu vou, nem que seja nadando,
eu vou, com as melhores companhias do mundo
eu vou, porque preciso desse azul profundo
eu vou, porque ninguém vai por mim
eu vou, porque a vida é assim
e continua sendo
um improvável mundo romântico
como os mares e as marés,
inconstantes como os ventos do Atlântico
e quando tiver ido, não sei
o que sei, será como Caieiro – nada sei
o que amo, será como Camões
que ama sem ver, que ama ser ninguém
e no fundo é todo mundo
no mar de azul profundo
que é só meu
e seu
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
PalavrasPa
As palavras saem
Têm vida própria
Não são minhas
Quando nascem
São como gente
São do mundo
São dos outros
Convivo com elas
Adoro, odeio
E cada uma delas
Independe de mim
Têm vida própria
Não são minhas
Quando nascem
São como gente
São do mundo
São dos outros
Convivo com elas
Adoro, odeio
E cada uma delas
Independe de mim
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Acontece
Pensando bem
O momento é bom
E essa falta de você
Seja lá quem for você
É valiosa e natural
Estou aprendendo
E esse vazio imenso
É do tamanho do céu
E o céu é lindo
O mistério do céu
Mora no meu vazio
Estou acostumando
E essa vastidão
É do tamanho do mar
E se eu pudesse
Moraria no mar
Apesar do medo que sinto dele
Daqui de cima tudo parece aquietar
Fica sereno e distante
Longe do que acabou de acontecer
Longe porque nada acontece
Mas se presto atenção
Acontece
O momento é bom
E essa falta de você
Seja lá quem for você
É valiosa e natural
Estou aprendendo
E esse vazio imenso
É do tamanho do céu
E o céu é lindo
O mistério do céu
Mora no meu vazio
Estou acostumando
E essa vastidão
É do tamanho do mar
E se eu pudesse
Moraria no mar
Apesar do medo que sinto dele
Daqui de cima tudo parece aquietar
Fica sereno e distante
Longe do que acabou de acontecer
Longe porque nada acontece
Mas se presto atenção
Acontece
Palavras sobre um fim de domingo
O tic tac do tempo tocando alto
Camelo falando de coisas que não entendo
Eu confusa, ele distante, nós nos perdendo
Eu duvidando do destino, mas ele me dando drible
Camelo falando de coisas que não entendo
Eu confusa, ele distante, nós nos perdendo
Eu duvidando do destino, mas ele me dando drible
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Palavras sobre um fim de domingo - 2/8/2009
domingo, 2 de agosto de 2009
Ilusão de ótica
Eu renego
Eu desminto
Não quero esse sentimento
Não me quero escrava
E será que eu posso?
Posso eu não querer?
Quando eu sinto, há pouco de mim nisso
Há pouco o que eu possa fazer
Eu finjo ignorar
Mas a quem eu engano?
O engraçado do que sentimos
É que quando nos damos conta
Quando finalmente sabemos
Quando sabemos o que sentimos
É como uma ilusão de ótica
Custa-se a enxergar
Há dúvidas – é isso mesmo?
Mas no momento em que percebemos
No momento em que admitimos
Dificilmente poderemos ignorar novamente
Eu desminto
Não quero esse sentimento
Não me quero escrava
E será que eu posso?
Posso eu não querer?
Quando eu sinto, há pouco de mim nisso
Há pouco o que eu possa fazer
Eu finjo ignorar
Mas a quem eu engano?
O engraçado do que sentimos
É que quando nos damos conta
Quando finalmente sabemos
Quando sabemos o que sentimos
É como uma ilusão de ótica
Custa-se a enxergar
Há dúvidas – é isso mesmo?
Mas no momento em que percebemos
No momento em que admitimos
Dificilmente poderemos ignorar novamente
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